Em aberto

Resultado da eleição do Conselho Tutelar deve sofrer alterações

Ministério Público analisa possíveis irregularidades, que vão desde o período de campanha até o dia da eleição neste domingo

Carlos Queiroz -

A relação com os 30 eleitos e os 30 suplentes para assumir o Conselho Tutelar entre os anos de 2020 e 2023 foi conhecida na madrugada desta segunda-feira (7). O resultado, entretanto, pode ser considerado preliminar. Ações ajuizadas pelo Ministério Público (MP) para cassação de candidaturas. Flagrante e denúncias de propaganda irregular durante o domingo. Dezessete nomes garantidos no pleito através de decisões liminares, que ainda dependem de avaliação do mérito. Conselheiros tutelares que, nesta gestão, não têm respeitado a dedicação exclusiva durante o mandato. As chances de a lista mudar, portanto, são altas.

A promotora da Infância e da Juventude, Luciara Robe da Silveira, preferiu não detalhar números de casos que devem chegar à Justiça, mas garantiu que esta segunda-feira ainda seria dedicada a analisar filmagens e fotografias de irregularidades encaminhadas durante o domingo. E a expectativa é, sim, de possíveis alterações no resultado.

Pela configuração desenhada neste momento, dos 30 titulares que irão assumir o cargo em 10 de janeiro, 11 são reeleitos. Duas pessoas que hoje ocupam a suplência e têm assumido o posto por várias vezes também ganharão titularidade, com o processo eleitoral. Aline da Silveira Vargas, inclusive, conquistou a terceira colocação, com 643 votos. O outro caso é de Rejane da Silva Berny. Uma outra situação que chama a atenção é a de Gilnei Ribeiro de Oliveira, que retornará ao Conselho após mandatos anteriores. Os outros 16 titulares receberão pela primeira vez o desafio de ser conselheiro tutelar e zelar pelos direitos de crianças e adolescentes.

No gira-gira das cadeiras, justamente a definição pela última das 30 vagas precisou de desempate. Pelo critério de idade, a atual conselheira Francine Pistoletti obteve a reeleição e a atual suplente, Natalie Pereira Madruga, agora será a primeira da lista a ser convocada, em caso de eventuais substituições, períodos de férias e afastamentos. Entre os suplentes, 20 nomes são novidade e seis pessoas, que hoje atuam como conselheiros titulares passarão a ser substitutos.

Ao comentar a relevância do papel a ser cumprido, para fazer valer o que está em lei, o vice-presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdica), Cláudio Balreira, adiantou que a nova diretoria irá ampliar a fiscalização do cumprimento das obrigações de conselheiro, em parceria com o Ministério Público.

Participação popular
Ao todo, 22.540 eleitores participaram da eleição, que teve 178 votos nulos e 27 em branco. Foi um pequeno avanço, se comparado com o último pleito, em 2015, quando 21.713 cidadãos foram às urnas. A expectativa é de que o processo de contagem de votos possa ser aprimorado. Atualmente, a votação se dá em urna eletrônica, mas após a emissão dos relatórios com o resultado, o somatório dos votos ocorre de forma manual e prolonga-se por horas. "A ferramenta não tá a ideal. Vamos tentar desenvolver algum sistema com a Coinpel, para facilitar a contagem", afirmou Cláudio Balreira, ao projetar o próximo processo eleitoral.

Primeiro colocado garante surpresa com a votação
"Fizemos um trabalho exaustivo durante um mês, de porta em porta explicando o que é o Conselho", assegura Luiz Eduardo Paiva Duarte. E o diálogo direto, em diferentes bairros, surtiu efeito. O pelotense, de 35 anos, conquistou 1.264 votos; quase o dobro do segundo colocado. Ao mencionar a família, a esposa e os três filhos por diversas vezes, garantiu que todo o empenho daqui para frente terá um sentido maior: "Para que Deus seja engrandecido".

Cristão, mas não pastor como chegou a ser mencionado em redes sociais, Duarte afirmou também não possuir qualquer pretensão eleitoral em 2020. Sem filiação partidária, foi objetivo: "Nem pretendo ter (filiação). Ser candidato a vereador não é meu objetivo. Não vou querer. Pode conferir como meu nome não vai estar lá", enfatiza, em resposta a quem já especula sobre o assédio dos partidos e uma eventual candidatura à Câmara. "Fui escolhido pela comunidade porque as pessoas acreditam no Conselho".

 CONSELHO

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